terça-feira, 9 de junho de 2009

Ser

Pétalas que caem sobre raízes enrijecidas. Raízes rígidas e profundas para então o tronco se expor ainda rígido e firme. Os galhos que nascem mais ousados e flexíveis se distanciando do centro e se lançando no espaço, rasgando o vazio na incerteza. Folhas livres da rigidez, leves e soltas, dançando a chuva, o vento e os animais que a cercam. Folhas levadas a brincar essa profundidade que as sustenta. E aí então a flor que se expõe completamente na beleza de sua entrega, no máximo de sua fragilidade, para intensamente viver instantes e então se permitir morrer, e no momento mais belo, soltar suas pétalas para que pousem já escuras, sobre as raízes permanecidas. Pétalas que caem sobre raízes enrijecidas.

O dia

Um dia um homem qualquer há de erguer as mãos para o céu, e, encarando seu criador, com sua simples condição de uma parte que é, levantar a voz e dizer:- Dança comigo. Porque a noite já fizeste e o sol e as águas. Agora simplesmente pisa esse barro debaixo dos meus pés e dança comigo. Dança com essa parte pequena do que és tu. Ouve essa música? São tantos os medos nossos e os erros que meu corpo agora esmorece e minha mente cansada já não exige mais nada de ti. Simplesmente uma dança, como quiser: uma alegre ou sofrida. Abraça-me ao final.

Caminho

Eu me procuro o tempo todo, a cada dia. E disso, acredito, é feita a vida.
Às vezes me perco pensando demais em valores que não são meus. Mas, eu me acho, a cada dia. E disso, acredito é feita a vida.
Às vezes bato a cara na parede desse quarto escuro. Procuro portas e janelas. Mas as pancadas também me servem para mostrar onde não estão as saídas. Recolho-me e tento outra vez. E disso, acredito, é feita a vida.
Às vezes encontro frestas e abro portas e janelas, deixo entrar essa luz e me alimento dela. Então sigo para outro quarto escuro a fim de abrir a casa inteira. E disso, acredito, é feita a vida.

Que cada um faça contato com a sua verdade.

Algumas fontes sugerem que estamos atualmente nos aproximando da Idade de Ouro ou Satya Yuga. No “Brahma-Vaivarta Purana”, que é um texto religioso Hindu, o senhor Krishna diz a Ganga Devi que uma nova Idade de Ouro irá começar 5 000 anos depois do início do Kali Yuga e que esta durará 10 000 anos. Esta previsão da chegada de um novo mundo é também profetizada pelos maias. O calendário maia começou com o 5º Grande Ciclo em 3113 a.C. e terminará em 21 de Dezembro de 2012. O Kali Yuga Hindu começou em 18 de Fevereiro de 3102 a.C. Só existe uma diferença de 11 anos entre o começo do Kali Yuga e o começo do 5º Grande Ciclo dos maias. Os antigos Hindus utilizaram principalmente calendários lunares, mas também calendários solares. Se o calendário lunar normal equivale a 354,36 dias por ano, então seriam 5270 anos lunares desde que começou o Kali Yuga até à data de 21 Dezembro de 2012. São cerca de 5113 anos solares de 365,24 dias por ano desde o início do Kali Yuga até ao Solstício de Inverno de 2012. Desta forma, o calendário Maia parece corroborar o calendário Hindu. Quer por anos solares ou lunares, de acordo com as antigas escrituras Hindus, parece ter chegado o tempo da profecia de Krishna se realizar. Uma idade de ouro pode assim começar em 2012. É impressionante porque ambos os calendários começam mais ou menos ao mesmo tempo, há cerca de 5000 anos atrás e ambos prevêem um novo mundo totalmente diferente, uma Idade de Ouro que se iniciará cerca de 5000 anos depois do começo dos mesmos. E não deixa de ser espantoso porque, historicamente, estas duas culturas antigas não tiveram nenhum tipo de contato. Mais uma vez parece existir alguma verdade por detrás disto.

Não nos restam dúvidas que a nossa civilização está à beira do colapso. Nunca antes estivemos mergulhados em tantas crises: crise financeira mundial, crise alimentar, crise energética, escassez de água e petróleo, consumismo frenético, ameaças de terrorismo e guerras nucleares, o reaparecimento de doenças mortais, escândalos envolvendo políticos, quedas de governos, mudanças climáticas e o aumento impressionante das catástrofes naturais e da extinção de espécies, além do agravamento da violência e distúrbios civis.

Por que e', que para ser feliz, e' preciso não sabe-lo?
Que o "termino" nos traga um recomeço, porque a alma é eterna e esperançosa.